quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Quando o que se aprende ultrapassa os muros da escola

No início do projeto que tratava sobre a Ópera, em agosto de 2015, Yago era uma das crianças mais animadas e empenhadas. As crianças nem sabiam ainda do que se tratava o projeto, mas já estavam participando de atividades para conhecer a China, palco da nossa Ópera Turandot. Uma dessas atividades, foi um "caça ao tesouro", já relatado aquiO tesouro era uma cerejeira que há em frente ao portão da nossa escola. Até aí tudo bem. Todos gostaram muito e aprenderam um pouco mais sobre esse vegetal por meio de textos informativos e explorando a própria árvore. 

Dias depois, Ana Paula, mãe do Yago, veio conversar comigo e disse que estava muito feliz ao ver o entusiasmo do filho em casa. Relatou que ele estava muito empenhado em descobrir os enigmas que estávamos propondo em sala de aula. Ela também contou uma história que me deixou feliz em perceber como a escola pode, através de atividades motivadoras, envolver verdadeiramente as crianças.

Yago foi, como companhia, em uma floricultura com sua mãe e irmão mais velho. Ao chegar, Yago explora o ambiente e pergunta ao vendedor: 

"Tem aquela árvore que é simbolo da beleza e do amor?"

Todos se entreolham e ficam sem ação. Então Yago diz: "A cerejeira! Ela é uma árvore de origem asiática e simboliza a beleza e o amor."

O vendedor diz: "Ah, cerejeira, temos essas duas aqui." 

Yago fica entusiasmado e pergunta pra mãe: "Qual delas você vai levar?" 

A mãe responde: "No momento, nenhuma!"

Yago fica desconcertado e diz pra mãe: "Essa é uma árvore muito bonita. Como não podemos ter uma em casa! Eu estou aprendendo sobre ela na escola..."

A conversa se desenrola entre mãe e filho e todos ficam perplexos com os conhecimentos que a criança trazia como argumentos para a compra. Até que o filho mais velho diz: "Mãe, compra logo essa árvore!



Um professor nunca vai ter a consciência exata dos ecos do seu trabalho. Então, nos empenhemos sempre para que eles sejam sempre coloridos e positivos. 

Espero que o Yago, quando crescido, ao olhar para a árvore, sorria!

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