domingo, 4 de maio de 2014

Você troca?


Quando as crianças chegaram e viram farinha e sal sobre a mesa da professora foram logo perguntando: O que vamos cozinhar hoje? Foi um ti-ti-ti porque adoram fazer receitas. Quem nunca experimentou, vale a pena tentar!  É um dia um tanto diferente,  mas só por isso já é especial. Nesse dia eu tinha pensado em fazer coelhos de massa de sal, mas resolvi  negociar  primeiro.

Crianças: O que vamos fazer?

Ana: Nada de comer!

Gabriel: De beber?

Ana: Não! Vamos fazer uma massa de artesanato, tipo argila para fazer modelagem. Mas o que podemos modelar?

As respostas foram muitas: xícaras, bules,  copos, pratos! Fiquei até um pouco impressionada porque uma resposta puxava sempre para outra parecida. Coisa de criança mesmo!  Dá até pra fazer uma tarde de chá usando o livro Chá das dez, um tangolomango muito legal, mas isso fica pra próxima.

Ana: Bom gente, eu tive uma ideia do que fazermos com a massa e se quiserem trocar a ideia de vocês pela minha, tudo bem, eu aceito e concordo. Se não, vocês modelam o que pensaram.

Muitas crianças começaram a falar de imediato que queriam trocar de ideia!

Larissa: Eu quero! Vou trocar!

Emanuel: Ué, mas você tem que contar a sua ideia primeiro. Eu não vou trocar sem antes saber o que é!

Ana: Olha só que legal que o Emanuel disse. Será que dá certo trocar alguma coisa sem saber o que está trocando, sem negociar? Vai que vocês não gostem da minha ideia!

Larissa volta atrás: É mesmo, é melhor saber primeiro.

Ana: Como está chegando a Páscoa.... Que tal fazermos coelhos??

Todos: Oba!!!!! Eu quero! Eu quero!

Ana: Às vezes, outras pessoas têm ideias melhores que as nossas ou mais legais aos nossos olhos. Isso não significa que tenhamos que ficar com a nossa só porque é nossa. Muitas vezes reconhecemos como o pensamento do outro é legal e isso não é vergonha para ninguém, mas refletir antes de trocar, ou não, de ideia é fundamental.










Muitas vezes vamos fazendo as coisas sem pensar, pela simples tradição. Na época da Páscoa ou de outras comemorações, a gente se descabela para arranjar tempo para ficar fazendo as tais “lembrancinhas” para as crianças. Coisas lindas que eu, inclusive, já cansei de fazer.  Pensando honestamente, na grande maioria das vezes, isso vai tudo para a lixeira. Por que não deixarmos as crianças fazerem suas próprias “artes”?  Eles amam fazer trabalhos manuais e artesanais e muitas vezes tiramos essa oportunidade deles.  Nós, professores, podemos até ajudar dando dicas, colaborando, mas o gosto e o prazer de fazer deve ser todo deles.  Vamos proporcionar momentos como esses pra nossa criançada, vamos repensar nossa escola!


Ah, a propósito, a receita da massa de sal é a seguinte:
2 copos de farinha de trigo
1 copo de sal
1 copo de água

Misturar todos os ingredientes até que desgrudem das mãos. Após as modelagens, as levamos ao forno por uma hora. Depois de esfriar, pode-se pintar com guache ou outra tinta qualquer. Também é possível envernizar no final do trabalho.


Até a próxima!

sábado, 12 de abril de 2014

Outono

A aluna Ana Carolina faz aniversário em março, no mesmo dia em que se inicia o outono. Falei sobre isso na sala e as crianças demonstraram um interesse muito grande pelo outono. Muitos diziam que era a estação das frutas, passaram a fazer perguntas, como: O que vai acontecer no outono? Como se fosse haver uma grande mudança. Também já havia percebido o interesse deles pelo calendário, desde quando começamos a pensar sobre os aniversários. Então, resolvi dar asas a essa motivação.

No dia seguinte levei várias imagens dos quadros de Giuseppe Arcimboldo, alguns da coleção As quatro estações.  As crianças gostaram muito. Queriam desvendar quais elementos foram utilizados nos diversos quadros. Um quadro chamou muita atenção: Tigela de legumes ou jardineiro. Quando está numa determinada disposição parece uma tigela cheia de alimentos, mas quando é virado ao contrário parece o rosto de uma pessoa. Bem interessante e eles adoraram ficar virando a imagem.

Propus ao grupo que fizéssemos algo parecido, que cada um pudesse criar o que quisesse, de acordo com sua criatividade.  As crianças logo indicaram o uso de frutas por conta do tal outono!

Ana: Então, vocês aceitaram a minha proposta de criar uma obra de arte inspirados em Arcimboldo e indicaram frutas. Vamos ter que pedir para as mães, certo?

Pedro: Eu sei pedir para a minha mãe!

Acho que Pedro já estava adivinhando que faríamos um bilhete e já estava tentando escapar da ideia, mas Melissa me salvou!

Melissa: Ah, mas tem que mandar o bilhete se não esquece igual a garrafa.

Ana: Todos acham isso importante?

Todos: Sim!

Ana: Como começamos?

Sarah: Tem que colocar a data de hoje para a mãe saber quando que escreveu.

Leo: Tem que colocar o local.

Melissa: Não, local é pro convite!

Leo: Ah, é!

Emanuel: Mamãe, preciso de uma fruta para levar para a escola. Obrigado, mamãe.

Sarah: Não, cada um tem que colocar o seu nome embaixo e não mamãe!

Larissa: Tem que explicar pra quê serve a fruta.

Ana: Olha que interessante que a Larissa está falando. Lembra da garrafa que ninguém pensou pra que ia servir. Então, vamos escrever o motivo para trazer a fruta?

Pedro: Nós vamos comemorar o início do outono e vamos fazer quadros iguais do Arcimboldo.

Maria Luiza: E vai ser o aniversário da Ana Carolina também.

Ana: Então como vamos escrever?


No dia estipulado as crianças chegaram muito animadas com suas frutas. Depois de picadas começamos o trabalho. Todos os alunos adoraram criar uma arte com frutas. Alguns até arriscaram a criação de um rosto. Melissa disse que esse era um dia muito feliz para ela! Coisas simples, mas que agradam as crianças em cheio porque elas estão sentindo-se protagonistas, estão vivenciando ações prazerosas.


Lemos o texto Outono. Através desse texto descobrimos várias coisas, entre elas: Os dias são mais curtos e as noites mais longas. As folhas ficam amareladas e caem porque ficam sem nutrientes. A incidência do Sol é menor e, portanto, o clima fica mais ameno e há um aumento nas colheitas.  As crianças mostraram o que aprenderam através de desenhos!




Mostrei os Planetas do Sistema Solar e o Sol para que pensássemos nos movimentos da Terra. Trabalhamos com o conceito de ciclo e relembramos os meses do ano.  Também ouvimos Dança dos movimentos da Terra, de Bia Bedran.


Ana: O que vocês aprenderam sobre o outono?

Emanuel: É o tempo das frutas.

Willian: As folhas das árvores ficam amareladas.

Thierry: As folhas caem.

Gabriel: É outono porque ficam amareladas.

Larissa: Porque venta.

Willian: Não, as folhas ficam sem nutrientes.

Ana: O que é nutriente?

Willian: É o que ela come.

Ana: E o que mais?

Maria Cecília: Vai ficar mais frio agora.

Ana: Por que?

Leonardo: Porque chegou o outono!

Maria Cecília: Porque ele se afastou do Sol.

Ana: Ele quem?

Maria Cecília: O Planeta Terra.

Gabriel: As noites vão ficar mais longas e os dias mais curtos. A gente vai poder sentir isso.

Ana: Vai continuar tendo Sol?

Maria Cecília: Vai, mas não vai ser tão quente.

Ana: E por que não tem Sol agora?

Maria Cecília: Porque as nuvens estão tampando.

João: Está nublado!

Ana: O Emanuel disse que é o tempo das frutas. Por quê?

Emanuel: As frutas ficam pretas no outono.

Gabriel: Não, nessa época as folhas ficam amareladas.

Maria Cecília:  É porque as frutas nascem.

Ana: Olha o que a Maria está dizendo... Nessa época as frutas nascem?

Kethlen: Não, a gente pega pra comer.

Emanuel: Ah, elas ficam maduras. A gente compra pra comer.

Ana: E antes de comprar?

Emanuel: Colhe!

Ana: Então, depois de tudo isso que vocês falaram, por que muita gente diz que o outono é a estação das frutas?

Emanuel: Porque no outono se colhe pra comer.

Ana: E quem colhe?

Emanuel: O colhedor.

Ana: Será que é só na época do outono que se colhe?

Gabriel: Não, nas outras também tem frutas! Agora tem muito caqui, carambola e maçã.

Ana: Ainda mais num país tropical, mas isso já é outra história!!! 

Tentei mostrar para as crianças, através de textos informativos, que nessa época do ano há muitas colheitas, mas isso precisa ser bem explorado pelo grupo, pois pode ficar a falsa ideia de que só há colheita no outono. Além disso, como bem disse Adriana Botafogo, numa conversa que tivemos, no Brasil, país tropical, há frutas sempre, muita variedade. Portanto, esse termo “estação das frutas”  precisa ser bem pensado, né? 

Aproveitamos os nomes das frutas para fazermos diversas atividades indicando as letras iniciais, finais. Existem muitas frutas que começam com a letra M, como: maçã, morango, maracujá, manga, melancia... Dá pra lançar bons desafios para as crianças.



Através de leituras de informativos sobre Arcimboldo, montamos uma ficha com alguns dados do pintor e um painel com as fotos das "artes".



Eu não tenho o hábito, e inclusive nem gosto de trabalhar com datas, comemorações. Meu trabalho baseia-se em projetos e dali vamos aprendemos outras coisas a partir das relações que fazemos com os conteúdos. “Rizomática” como diz minha amiga Lica Araújo, mas esse assunto veio também do interesse das próprias crianças. Tenho pensado e  repensado muito sobre currículo. E por acaso, hoje, li um citação de Loris Malaguzzi sobre os professores de Reggio Emilia que diz assim:

“Os professores seguem as crianças, não seguem planos. Os objetivos são importantes e não serão perdidos de vista, mas o porquê e como se chegar até eles são mais importantes.”

Penso que é bem por aí! E eu quero ouvir mais as crianças e ter sempre menos certezas. É provável que seja um caminho. Entretanto, uma coisa é certa: Não dá pra ser superficial! 



sexta-feira, 11 de abril de 2014

Boliche

Começamos a criar as regras do boliche a partir da regra escrita da brincadeira Vivo ou Morto.  Foi importante, pois já tínhamos um “modelo”, para pensar, pois precisávamos criar um “texto de fazer brincadeiras”, como Francisco havia dito anteriormente. 

Reli o texto instrucional Vivo ou morto.

Ana: Vamos fazer parecido com esse?
Todos concordaram.

Ana:  Quem joga? Quantas pessoas podem jogar?

Pedro: Todos, mas precisa ser um de cada vez.

Ana: Mas qual a quantidade mínima? Alguém pode jogar sozinho?

Heloisa: Pode, mas vai ficar triste! A criança vai ficar cansada de tanto brincar sozinha.

Ana: Então qual é o mínimo de pessoas?

Heloisa: De duas.

Ana: E qual a idade mínima para jogar boliche?

Primeiro eles tiveram dificuldades para compreender o que era idade mínima. Fui dando exemplo para pensarem. Aproveitei as regras do vivo e morto para isso.  Depois que entenderam o que eu estava perguntando foi uma discussão generalizada. Fiquei observando o que eles diziam... “Eu tenho seis e é a idade mais certa para essa brincadeira. “

Ana: Quem tem 7? Vocês sabem jogar boliche?

Todos iam afirmando. Penso que eles não queriam é ficar de fora da brincadeira.

Ana: Quem tem 6 sabe jogar boliche?

Maria: Ah, então o mínimo é seis!!

Ana: Ana Carolina, você tem 5. Acha que pode jogar boliche?

Ana Carolina: Eu sei!

Ana: Então gente, o boliche é para seu usado por vocês e a Ana Carolina também sabe jogar. Qual deverá ser a idade mínima?

Todos: 5 anos.

Ana: Qual será o espaço da brincadeira?

Todos: Pátio!

Ana: E o material?

Todos: 6 garrafas e uma bola

Como jogar?

Ana: O que faz primeiro no jogo?

A maioria achava que tinha que arrumar as garrafas, escolher os jogadores e depois jogar. Fizemos uma primeira versão do texto. Disse aos alunos que retomaríamos o texto no dia seguinte.

Ao começarmos a revisão, notei que algumas crianças não concordavam com a ideia da proposta atual. A discórdia estava por conta da ordem em que os assuntos apareceriam. Gabriel dizia com muita precisão: escolher, arrumar e jogar! “Tem que ser assim!” Isso aconteceu porque Gabriel faltou no dia anterior. Na quinta o texto já estava feito, mas precisava de revisão. Quando ouviu a leitura, não quis aceitar e começou a convencer as crianças de que estava certo: “Quando a gente joga sempre escolhe a vez de cada um, depois é que se arrumam  as garrafas! É assim que se faz: escolhe, arruma e joga!” Leonardo estava em dúvida, pois achava que tinha que ser arrumar, escolher e jogar. Entretanto, como Gabriel foi bem enfático, acabou convencendo a maioria.

Ana: Mas faz diferença?

Gabriel: A gente tem que escrever certinho, então tem que ser do jeito que eu falei!

Ana: E como vai ser a escolha dos jogadores?

João: Pode ser por ordem de tamanho.

Todos concordaram, mas eu disse que havia outras formas para essa escolha, como par ou ímpar, zerinho ou um, sorteio, etc.  Mesmo assim a ordem de tamanho foi soberana.

Ana: Ah, então tem outra coisa que eu acho importante. A arrumação das garrafas.

Propus uma atividade onde as crianças deveriam mostrar através de desenho, como seria a arrumação das garrafas.  Quando terminaram fui colando os desenhos de acordo com a forma escolhida. Apareceram três opções. Com as garrafas fui colocando igual aos desenhos e as crianças foram avaliando as possibilidades. A maioria dos alunos colocou as seis garrafas uma ao lado da outra. Emanuel, logo de cara, não aceitou essa possibilidade, pois afirmou que seria muito difícil para acertar todas as garrafas de uma vez só. Todos viram as garrafas enfileiradas e concordaram com o colega.

A opção de Francisco era colocar três na frente e três atrás. Evangelina disse que gostou dessa opção, pois as da frente poderiam derrubar as de trás. A ideia de  Emanuel era enfileirar as garrafas uma atrás da outra. Heloisa disse que não seria uma boa opção porque seria difícil acertar a da frente e provavelmente errariam os lançamentos. Emanuel concordou e disse que gostou mais da ideia de Francisco. E todos concordaram.



 





Voltamos para a regra e terminamos o texto. Tive que intervir em muitas ocasiões e ajudá-los pensando em palavras mais adequadas a esse tipo de texto. Entretanto, esta é a primeira escrita de um texto instrucional dessa turma. O modelo do Vivo ou morto ajudou muito, porém é uma novidade. Assim, os próximos textos serão facilitados.



As crianças adoraram usar anilina para colorir a água que colocamos na garrafa para que a garrafa ficasse mais pesada e o  jogo mais difícil.



Criando uma tabela para marcar os pontos:

No dia seguinte, li as regras do boliche e vimos que tínhamos que anotar os pontos de cada jogador. Para tal, Pedro sugeriu um caderno. Perguntei se não havia outra forma mais simples. Leonardo viu uma tabela que eu havia traçado e deixado na sala, de propósito. O “peixe foi fisgado"!

Leo: Por que não usamos aquela tabela ali?

Ana: Pode ser! Mas ela está vazia. O que ela precisa?

Leo: Dos nomes.

Entreguei tiras para que cada um escrevesse seu nome.

Ana: Como organizaremos os nomes?

Gabriel: Vai colocando.

Heloisa: Por tamanho.

Ana: Posso sugerir uma opção?

Todos: Sim!

Ana: Poderia ser pela ordem do alfabeto?

Todos aceitaram!

Ana: Como vocês acham que funciona?

Leonardo: Vê quem começa com A, com B...

Ana: E tem alguém que começa com A?

Todos: Ana Carolina e Angelo.

Ana: Então... Qual será o nome que será colado primeiro?

Heloisa: Ana Carolina.

Ana: Por que Ana Carolina?

Heloisa: Por que a Ana Carolina é menor que o Angelo.

Começa uma falação em sala! Emanuel propõe uma votação.

Thierry: Tem que ser o Angelo porque o nome é menor. Primeiro o menor, depois o maior.

Melissa: Tem que ser a Ana porque ela é pequena
.
Ana: Mas nós não combinamos que seria pela ordem do alfabeto? E como isso funciona?

Leonardo: Tem que ver as letras que começam.

Ana: Olha só, eu vou escrever os nomes dos dois no quadro. Olhem a primeira letra dos dois.
Todos: A!!!!

Começa outra falação porque a letra era a mesma e estava difícil resolver o problema.

Ana: E se nós olhassemos a segunda letra?

Todos: Iguais!

Gabriel F.: Eu já sei! Ana tem A e Angelo tem G. Então a Ana vai primeiro.

Ana: Explica melhor!

Gabriel mostra as letras do alfabeto que estão no quadro e diz: O A vem antes do G. “Tem que olhar a terceira!”

Quando chegamos na letra E, tínhamos Emanuel e Evangelina. Vimos que a primeira letra era igual. Sarah achava que Evangelina deveria vir primeiro porque terminava com A e Emanuel com L. Usei o exemplo de Ana Carolina e Angelo para mostrar que fomos olhando letra após letra.

Ana: O que você acha, Sarah?

Sarah: O Emanuel, depois a Sarah porque o M tá na frente do V.

Os próximos nomes eram Gabriel Ferreira e Gabriel Henrichs. Coloquei somente o primeiro nome.

Todos falando que os nomes eram iguais.... “Que letras vamos ter que olhar?”

Pedro: Um é Gabriel FERREIRA e o outro é Gabriel HENRICHS!

Ana: Ah, então vou escrever...


Leonardo: É o Ferreira primeiro!

E fomos assim até o final.


Jogando e registrando:

Fizemos na calçada da igreja a primeira rodada do jogo do boliche. Lemos as regras do jogo e depois jogamos. Emanuel ficou como gandula para ir pegando a bola e também organizando as garrafas. Kethlen e Maria Cecília foram as marcadoras da pontuação. Fizemos somente uma rodada. Sentamos todos e refletimos sobre o que fizemos para vermos se agimos de acordo com as regras estabelecidas. Em sala, cada um registrou a brincadeira através do desenho.



Fizemos mais duas rodadas. A cada término de partida, mesmo com a tabela, as crianças iam registrando seus pontos numa folha registro e assim, acompanhavam mais de perto seus lançamentos.



A primeira rodada aconteceu na porta da igreja e as duas últimas no coreto. Angelo fez questão, mesmo sem ser solicitado, de registrar o lugar da partida.






Propus novas reflexões, através de problemas, onde as crianças estão fazendo adições  a partir de possíveis jogadas.




Angelo foi o grande vencedor e agora novas propostas, lançadas pelos próprios alunos, serão nossos próximos objetivos. 

Posso afirmar que essa atividade foi muito interessante para todos, pois tudo foi decidido com a turma e em todas as situações, mesmo durante as partidas, as crianças fizeram todo o trabalho: marcando pontos, entregando a bola para o jogador, buscando a bola quando era lançada para longe. Os alunos também ficavam empolgados quando algum colega derrubava as garrafas. Foi um grande trabalho de equipe. O processo foi mais demorado, mas foi vivenciado e  mesmo havendo só um vencedor, todos saíram ganhando.

Um abraço,
Ana Antunes