No segundo semestre, ainda utilizamos os seguintes
livros:
Santos-Dumont
O menino voador, de Laurent Godoy e ilustrações de Custódio e Santos Dumont
inventor, de Francisco de Assis Barbosa, da Editora José Olímpio.
Esses dois livros foram lidos em capítulos. Eu adoro
essa modalidade de leitura. Traz muitas possibilidades ao professor. Podemos
parar num momento muito importante, suscitando muita curiosidade nas crianças.
No dia seguinte, as crianças logo pedirão a leitura do próximo trecho. É
possível também que o professor lance perguntas a respeito do que poderá
acontecer. Dessa forma, as crianças lançam hipóteses e assim desenvolvem o
raciocínio, pois pensam logicamente a respeito das possibilidades. O professor
pode ir mais longe, questionando essas hipóteses como viáveis ou não. A criança
poderá também ter um momento para justificar seus pensamentos.
O trabalho com esses dois livros levaram ao estudo
dos principais feitos de Alberto Santos-Dumont. Minha ideia era que as crianças
conhecessem suas invenções mais profundamente, além de chegarmos a outros
questionamentos, como a sequência numérica, por exemplo. Ao criar seus
dirigíveis, o inventor os numerava. Assim, fomos conhecendo as características
dos inventos pela numeração. Foi interessante observar que as crianças
começaram usar os numerais como referência. Por exemplo:
“O número 1 subiu como um balão e desceu como uma
pipa!”
“O número 5 caiu em cima de um hotel.”
“O número 6 conseguiu vencer o prêmio Deutsch!”
“Santos-Dumont não criou o dirigível 8, pois não
gostava desse número!”
Com o dirigível número 6, Santos-Dumont, vivenciou
momentos de muita fama. Foi com ele que conseguiu contornar a Torre Eiffel em
30 minutos. Num jantar na França, Alberto pede a Louis Cartier que lhe faça um
relógio-bracelete. Seria, para o inventor, a melhor forma de controlar o tempo,
pois nessa época se usava o relógio de bolso. Portanto, se você usa relógio de
pulso, agradeça nosso incansável inventor e saiba que você utiliza um modelo
Santos! (Pelo menos pela pulseira!) E por aqui está na hora de ver as horas!
Primeiro fizemos os braços. Os relógios eram móveis. |
É importante que es crianças percebam que a Matemática não está isolada no
mundo. Nós podemos demonstrar isso a relacionando as demais áreas do
conhecimento. O trabalho com os números vai muito além do que contar, apesar da
contagem ser importante para a formação do conceito de número, mas pretende
formar um conhecimento matemático.
Nesse período, as crianças foram conhecendo os
inventos e desenhando-os. Segundo Kátia Smolle, “O desenho, para além de
aspectos artísticos, serve como um recurso para documentar vivências,
experiências sensações, e expressar tudo o que for apresentado de significativo
para a criança. “
Através desses desenhos fomos construindo um painel
informativo com os dados mais importantes sobre seus feitos.
A criançada percebeu com muita propriedade que a Matemática esteve tão presente na vida do inventor, mas que, na verdade, está presente na vida de todos nós e que todas as profissões necessitam de alguma forma da Matemática.
Assim como Santos-Dumont já sabia o que queria desde cedo, nossos amiguinhos foram logo tratando de escolher suas profissões.
Até mais!
Ana Antunes
Olá Ana
ResponderExcluiramei sua atividade
pergunta: onde vc conseguiu estes livros?
grata
Adriane
Obrigada, Adriane!
ResponderExcluirO primeiro foi disponibilizado pela prefeitura onde moro, em Petrópolis, onde Santos Dumont viveu por um tempo. O segundo, eu comprei no site da Estante Virtual. Baratinho!!!!
Bjs,
Ana