domingo, 23 de agosto de 2015

Quer tomar um chá?

Na “hora da conversa”, falamos sobre o que gostam de beber no café da manhã ou em outras situações. Isso já foi uma preparação para a caixa surpresa. 

O que é, o que é?
Fui à feira e comprei uma bela. Cheguei em casa e comecei a chorar com ela?


Maria Eduarda acertou a resposta(cebola), e pôde abrir a caixa. Muitas expectativas, para saber o que havia dentro. Eles expressaram suas ideias. Bryan acertou dizendo que havia um livro, mas expliquei-lhes que havia outra coisa. Erick disse que deveria ser uma caixinha com alguma coisa dentro, mas não sabia com o quê.

Aberta a caixa, via-se um livro: “Chá das dez”, de Celso Cisto, Editora Aletria. Ainda havia duas caixinhas de chá de erva doce. “Eu acho que na China deve-se beber muito chá”, afirmou Thifany.


Fiz a leitura do livro. É incrível como os tangolomangos chamam a atenção de qualquer criança. Eles gostam muito. A ideia de ir “sumindo” e ir diminuindo é muito intrigante para eles. Primeiro para descobrir o motivo do sumiço e depois para verificaro quanto sobrou. É sempre uma festa! Dessa vez não foi diferente. “As veias do Celso”, como eu chamo, já depois de tanto ler, é sucesso garantido! No caso deste livro, há também umas delícias para o chá e as crianças adoram saber qual será a próxima delícia para dizerem: “Hum!!!” Será que essas velhinhas vão parar lá na China?

Um pouco de conversa:

__ Nós vamos beber esse chá?

__ Vamos, mas primeiro saberemos um pouco mais sobre ele. Pra que serve a erva doce? Alguém sabe?

__ Deve ser pra alguma dor.

__ Na minha casa, minha mãe faz um chá quando estamos doentes.

__ Vamos levar uma pesquisa para casa para saber quais famílias que utilizam chá?



Como o livro “Chá das dez” trata de dez velhinhas, sempre aproveito para trabalhar com a contagem de 10 em 10. Propus à turma uma contagem oral até 100, mas quando falassem a dezena exata (10, 20,30...), deveriam bater palmas. Uma atividade simples, mas que foi muito bem aceita pela turma. Eles até quiseram repeti-la outras vezes.

Eu tinha planejado ler para a turma a senda sobre a origem do chá, mas na hora “H”, resolvi contá-la, cuidando para ser bem expressiva, usando tom misterioso. Fui explicando que um imperador chinês havia decretado, por conta de inúmeras doenças, que qualquer água que fosse utilizada no reino, deveria ser fervida. E, numa dessas fervuras, algumas folhas caíram no tacho. Fui imediatamente interrompida por Cauã, que disse: “Já sei! Foi assim que surgiu o chá!” Confirmei sua conclusão e, praticamente, não precisei terminar a história. Júlia disse: “Então a origem do chá é chinesa!” e Camily completou: “E se surgiu na China, foi aos pouquinhos passando de um país para o outro, até chegar aqui no Brasil!” Que lindo!


Que beleza! Olha quanta coisa a criança vai concluindo quando há sentido nas atividades que planejamos. E que importância planejar, pois no improviso certamente não aconteceria. E, a partir dessas conclusões, fica claro a necessidade de outras conversas para ampliação do assunto, como o Tratado do Chá e sobre Marco Polo.

Durante a semana, as crianças levaram pesquisas para casa sobre o uso do chá. A primeira, consistia em saber se a família utiliza o chá no cotidiano e com        qual finalidade. A segunda pesquisa consistia em pesquisar os nomes dos chás mais consumidos pela família, para criarmos uma lista dos chás em sala de aula. E a última, tinha o objetivo de saber que tipo de chá a família consome: industrializado, caseiro ou os dois tipos.

Com as informações, tivemos a possibilidade de preencher tabelas e a partir destas, criamos gráficos de barras, o que contempla alguns direitos de aprendizagem de Matemática, do eixo “Tratamento da Informação”.



A “hora do chá” foi uma explosão de alegria! Mesmo as crianças que nunca tomaram chá estavam empolgadas para experimentar. Cada um recebeu o seu sache e preparpu sua bebida. Quase todos gostaram. Thayla ficou interessada e queria saber quanto custava uma caixinha de chá no mercado. Os alunos, cujas famílias não utilizam chá, disseram que iriam pedir seus pais que comprassem. A cada dia os alunos chegam cheios de novidades em casa. Essas atividades que preparam o aluno para a leitura, têm como objetivos:

Incentivar pela curiosidade

Fornecer informações

Demonstrar o caráter lúdico do trabalho







 No Canto de São Francisco (Espaço ambiental), os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as mudas de erva doce. Eles ficaram encantados, pois puderam ver de perto a planta. Gustavo nos auxiliou, organizando um canteiro para que as crianças pudessem plantá-las. Agora é só ir aguardando e acompanhando o crescimento. Aproveitamos para conhecer as ervas plantadas no canteiro da farmácia natural. Teremos como objetivo posterior, criar folders sobre algumas ervas medicinais, bem como uma cartilha informativa. 

muda de erva doce

observando o canteiro de plantas que são usadas como remérios
 
canteiro

plantando

nosso canteiro de erva doce


Pausa para um chazinho?


Nenhum comentário:

Postar um comentário