O Projeto Ópera possui dois
fios condutores. O primeiro, objetiva conceituar. Cada aluno disse o que achava
que era ópera. Diante disso, criaremos situações para verificar tais hipóteses.
A ideia é NÃO trazer conceitos prontos, mas fazer com que a criança reflita
sobre o que disse e, através de
propostas trazidas pelo professor, chegar a várias conclusões.
As
hipóteses:
Nara: Acho que é um quadrado
com uma bolinha.
Nicole: É um avião.
Maria Isabel: É um jogo.
Rian: É um tipo de fita.
Nathália: É uma comida.
Thayla: É um tipo de pizza.
Kauã: É uma pessoa
machucada.
Bryan: É uma moto.
Vitor: É o nome de um cavalo.
Sophia: É um passarinho.
Ana Clara: É uma casa bem
grande.
Maria Luiza de Paula: É uma
música.
Maria Luiza Costa: É um
trabalho.
Catharina: É uma música. A
ópera tem que mexer com a garganta.
Yago: é um trabalho.
João: É um instrumento.
Wallesca: É uma comida.
Cauã: É uma bíblia.
Erick: É quando vai operar
uma pessoa.
Kaique: É uma plantação.
Rafaela: É uma história.
Anna Lívia: Um tipo de
instrumento.
Camily: É um tipo de máquina
simples da China.
Ana Beatriz: É um tipo de
toca para se esconder.
Daniel: É um tipo de comida.
Thiago: É um tipo de
fábrica.
Thifany: Um tipo de
meditação que dobra as pernas.
Pedro: São várias pessoas
tocando diferentes instrumentos juntos.
Ezequiel: Uma música.
Maria Eduarda: É um tipo de
obra.
Rafane: Um jogo.
Joaquim: É um tipo de show.
Júlia: É uma exposição de
arte.
Laura: Uma música
O segundo fio traz, de forma
bastante motivadora, elementos que compõem o cenário literário da ópera. No
caso da minha turma, a história de Turandot, passa-se na China. A ideia é repertoriar
as crianças para que conheçam um pouco mais desse lugar, principalmente através de seus símbolos. Dessa forma, quando a
história for lida, creio que em Setembro, já compreenderão diversos elementos
presentes no texto.
Na
prática:
Adivinha na porta da sala de
aula: “ Qual é o céu que não tem
estrelas?”
"Só vamos abrir a porta,
se vocês conseguirem acertar a resposta." Muitas crianças já sabiam a resposta: “O céu da boca!”
O trabalho com as adivinhas
se mostrou muito motivante para o grupo. (Apesar de você estar lendo isso hoje,
o projeto já está na terceira semana). Os alunos estão “doidos” atrás de adivinhas
em casa a fim de terem repertório e já chegam à escola esperando por elas. Isso,
para mim, cumpre o papel da adivinha como texto de tradição oral e sua função
social, pois eles estão perguntando aos familiares para conhecerem um número
maior delas. Além disso, eles falam sobre o assunto entre si e contam para os
pais qual foi a adivinha daquele dia.
Para ajudar nas questões de
linguagem, essas adivinhas estão sendo escritas em um caderno para fazerem
parte de uma coletânea. É um momento muito interessante, pois os alunos colocam
em jogo todas as suas hipóteses sobre a escrita.
“Como é que vocês escreveram
TEM?
TEI
TEN
TEM
A partir das escritas,
podemos fazer diferentes relações com a grafia de palavras conhecidas,
reflexões sobre a escrita correta de cada palavra. Quando se tratar de uma
regularidade, é possível pensar na regra de forma contextualizada, afinal,
estaremos usando a palavra com sentido. E ao se tratar de uma irregularidade, refletimos
sobre a necessidade de usarmos a memória e o sobre a frequência do uso da mesma.
Levei para a turma, o livro
Pra lá, pra cá, de.....Fernando de Almeira, Mariana Zanetti e Renata Bueno, da
Editora do Brasil. O livro conta a história do gato Tonico e sua vidinha na
casa de Cláudia. Aproveitei que o livro trabalha com algumas palavras, como:
feliz, triste, grande, embaixo, cheio, vazio.... Para que as crianças fizessem
gestos ou expressões. Combinei que, quando chegasse o momento, eu daria um comando avisando e
eles teriam que criar de acordo com a palavra. Foi bem interessante e a
leitura de um livro simples, tornou-se motivadora para todos.
alegre |
triste |
Quando a leitura terminou,
fizemos relações entre a história e a poesia do Gato da China. Thifany disparou
logo que os dois gatos eram pretos. Rafane afirmou que Tonico não tinha olhos
puxados como o da China. Como o nome do gato era Tonico, Camily disse que o
gato era brasileiro.
Propus também algumas
situações-problemas, do campo aditivo, sobre o gato Tonico. Foi um pouco
tumultuado, muitos querendo dizer a resposta para os colegas. Entretanto, ao final
de cada problema, fizemos um compartilhamento das diferentes formas de
resolução: uso de palitos desenhados, uso de dedos, desenhos e registro
matemático. No final da atividade fiquei muito feliz em perceber que a turma,
apesar de grande, afinal são 34 crianças, gera grande satisfação.
Um exemplo interessante:
O primeiro problema tinha o
fato 5 + 8 e o segundo 8 + 6. João disse: “Se no primeiro é cinco mais oito e é
igual a treze, o segundo aumenta um, então a resposta é catorze.” E colocou
apenas o número. Compartilhar as formas de pensar é fundamental para ensinar
estratégias e não termos apenas uma única forma de resolver uma questão.
O que estou tentando fazer é que os conteúdos estejam a serviço do projeto e dos temas afins. Vamos ver o quanto conseguiremos. As crianças estão gostando muito e também estão intrigadas. "Será que o projeto fala da ópera ou fala da China?" Hum...
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