sábado, 15 de agosto de 2015

Uma semana cheia de novidades!

Na hora da conversa, uma retrospectiva do que já aprendemos sobre a China. Além de possibilitar o resgate desses assuntos, a atividade faz com que as crianças possam praticar o exercício de relembrar, refazer caminhos e percursos de atividades anteriores e principalmente, organizar o pensamento. Atividades assim favorecem ainda, o desenvolvimento da oralidade e também da escuta, tão importante para crianças na faixa etária do primeiro ano. Durante a tarefa, os alunos disseram coisas bem interessantes, as quais havíamos lido e pesquisado na semana anterior. Uma das informações mais intrigantes para eles era o fato de que na China, cada casal só pode ter um filho e isso foi um disparador de muitas perguntas, como por exemplo, se nascesse gêmeos, como seria possível?

Demos prosseguimento com a atividade da caixa surpresa. que eles adoram! A caixa só abre se alguém descobrir a resposta da adivinha.  Os alunos têm se mostrado muito interessados em adivinhas. E também são bons de acertar, pois conhecem muitas delas. Na nossa “Casa de Leitura”, há alguns livros de adivinhas e as crianças mostraram-se muito interessadas em levá-los para casa a fim de terem um repertório maior. Outra sugestão, dada por mim, foi que conversassem com os familiares e procurassem conhecer novas adivinhas. As adivinhas fazem parte da tradição oral e necessitam ser trabalhada bastante no campo da oralidade. Todos os dias, a resposta certa abre a porta da sala ou abre a caixa surpresa, ou ainda, possibilita aos alunos participarem de uma atividade especial.

 Durante a semana, tivemos três caixas surpresas. A primeira, mediada pela Bruna na Casa de Leitura, os alunos encontraram uma “chinesa” feita de origami. Eles estão achando muito “misterioso”, pois estão conhecendo diferentes aspectos simbólicos da China e ao mesmo tempo estamos tentando descobrir “O que é ópera?” Eles desejam entender essa relação, como mostra a fala da aluna Camily: “O que tem a ver a ópera com a China? Será que ópera é uma cidade da China?

Como ainda não sabem o que é uma ópera, eles estão tentando estabelecer diferentes relações a partir do que recebem na caixa e das atividades que realizamos.



Em sala de aula, discutimos o que é um texto informativo, para que serve e onde podemos encontrá-lo. Lemos, retirado da internet, um texto sobre a “Cerejeira”. Na caixa, encontraram pistas para um caça ao tesouro. Foi muito motivador e os alunos queriam descobrir o que era o tesouro. A atividade possibilitou o trabalho com os direitos de aprendizagem de geometria, explorando o espaço de nossa escola e desenvolvendo noções de lateralidade, de localização, de direcionamento, de sentido e de vistas. Foi uma atividade maravilhosa. Por ter sido realizada no horário da manhã, acabamos encontrando os alunos das turmas maiores que resolveram se juntar a nós na aventura de achar um tesouro, ainda desconhecido. O tesouro, era uma cerejeira que fica próxima ao portão da escola. Os alunos adoraram passar a mão no tronco, observar suas folhas e flores. Thifany foi logo dizendo o que havia incorporado do texto: “O tronco é rugoso mesmo!”
















Na sexta, outra caixa bem enigmática! Fomos ao “Canto de São Francisco”, um espaço da escola, voltado entre outras coisas, para a Educação Ambiental. Achei que a caixa, pela primeira vez, não seria aberta, pois os alunos não sabiam a resposta e tiveram que pensar porque não dei pistas.

O que é, o que é?
De dia tem quatro pés. De noite tem seis. Depois de várias tentativas, Ezequiel, que não tinha dado nenhum palpite, respondeu: cama!!! Ele teve o privilégio de abrir a caixa enigmática que continha um livro chamado “Uma floresta de histórias- Contos de árvores mágicas do mundo todo”, de Rina Singh e Helen Cann, da editora Martins Fontes. Também havia um número 6 e um ramo de cipreste. Os alunos tinham que tentar fazer relações entre esses três elementos. Fizeram relações lógicas e interessantes.  Thifany, muito inspirada, disse que o número 6 deveria ser a página que deveríamos ler e que a árvore mágica deveria ser a do ramo que estava na caixa. Acertou! O ramo era de cipreste e, na página 6 do livro, encontramos o texto “O cipreste”, árvore nativa da China. Além de terem feito várias relações entre os objetos, ainda ouviram um lindo conto a partir de uma árvore chinesa. Acabou? Não! Exploramos algumas árvores do Canto de São Francisco e conversamos sobre as partes do vegetal.



Em matemática, algumas situações-problema. Um exemplo:
Gustavo foi comprar mudas para plantar no Canto de São Francisco. Pediu 5 caixas com mudas de flores. Sabendo-se que em cada caixa há 10 mudas. Quantas mudas foram compradas?
Além de explorarmos a possibilidade das operações tanto no campo aditivo quanto no campo multiplicativo, exploramos as diversas estratégias utilizadas pelos alunos para se chegar ao resultado do problema.






Paralelamente, estamos tentando verificar as hipóteses dos alunos sobre o que é ópera. Como atividade, levei uma imagem de uma casa bem grande, cuja resposta de Ana Clara, dizia ser ópera!  Abaixo  da casa, três possibilidades para marcar com X a resposta correta: (casa grande/ ópera/ mansão). A maioria disse se tratar de uma mansão. “Claro que é mansão!”, disse Joaquim.


Para nos certificarmos, utilizamos um dicionário e os alunos descobriram que estavam corretos. Bryan e Nicole já não acreditam mais nas suas hipóteses. Ambos afirmaram que ópera era um transporte. Como o Projeto Ópera contempla toda a escola, criamos por turma, murais com as hipóteses de todas as crianças.


No final dessa semana, o desafio ainda consiste em descobrir o que é ópera e o que isso tem a ver com a China! Entretanto, novos elementos já foram introduzidos e o terreno já foi semeado com sementes de várias cores. 



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