Na “hora da conversa”, falamos sobre o que gostam de
beber no café da manhã ou em outras situações. Isso já foi uma preparação para
a caixa surpresa.
O
que é, o que é?
Fui
à feira e comprei uma bela. Cheguei em casa e comecei a chorar com ela?
Maria Eduarda acertou a
resposta(cebola), e pôde abrir a caixa. Muitas expectativas, para saber o que
havia dentro. Eles expressaram suas ideias. Bryan acertou dizendo que havia um
livro, mas expliquei-lhes que havia outra coisa. Erick disse que deveria ser
uma caixinha com alguma coisa dentro, mas não sabia com o quê.
Aberta a caixa, via-se um
livro: “Chá das dez”, de Celso Cisto, Editora Aletria. Ainda havia duas
caixinhas de chá de erva doce. “Eu acho que na China deve-se beber muito chá”,
afirmou Thifany.
Fiz a leitura do livro. É incrível
como os tangolomangos chamam a atenção de qualquer criança. Eles gostam muito. A
ideia de ir “sumindo” e ir diminuindo é muito intrigante para eles. Primeiro para
descobrir o motivo do sumiço e depois para verificaro quanto sobrou. É sempre
uma festa! Dessa vez não foi diferente. “As veias do Celso”, como eu chamo, já
depois de tanto ler, é sucesso garantido! No caso deste livro, há também umas
delícias para o chá e as crianças adoram saber qual será a próxima delícia para
dizerem: “Hum!!!” Será que essas velhinhas vão parar lá na China?
Um pouco de conversa:
__ Nós vamos beber esse chá?
__ Vamos, mas primeiro
saberemos um pouco mais sobre ele. Pra que serve a erva doce? Alguém sabe?
__ Deve ser pra alguma dor.
__ Na minha casa, minha mãe
faz um chá quando estamos doentes.
__ Vamos levar uma pesquisa
para casa para saber quais famílias que utilizam chá?
Como o livro “Chá das dez”
trata de dez velhinhas, sempre aproveito para trabalhar com a contagem de 10 em
10. Propus à turma uma contagem oral até 100, mas quando falassem a dezena
exata (10, 20,30...), deveriam bater palmas. Uma atividade simples, mas que foi
muito bem aceita pela turma. Eles até quiseram repeti-la outras vezes.
Eu tinha planejado ler para
a turma a senda sobre a origem do chá, mas na hora “H”, resolvi contá-la,
cuidando para ser bem expressiva, usando tom misterioso. Fui explicando que um
imperador chinês havia decretado, por conta de inúmeras doenças, que qualquer
água que fosse utilizada no reino, deveria ser fervida. E, numa dessas
fervuras, algumas folhas caíram no tacho. Fui imediatamente interrompida por
Cauã, que disse: “Já sei! Foi assim que
surgiu o chá!” Confirmei sua conclusão e, praticamente, não precisei
terminar a história. Júlia disse: “Então
a origem do chá é chinesa!” e Camily completou: “E se surgiu na China, foi aos pouquinhos passando de um país para o
outro, até chegar aqui no Brasil!” Que lindo!
Que beleza! Olha quanta
coisa a criança vai concluindo quando há sentido nas atividades que planejamos.
E que importância planejar, pois no improviso certamente não aconteceria. E, a
partir dessas conclusões, fica claro a necessidade de outras conversas para
ampliação do assunto, como o Tratado do Chá e sobre Marco Polo.
Durante a semana, as
crianças levaram pesquisas para casa sobre o uso do chá. A primeira, consistia
em saber se a família utiliza o chá no cotidiano e com qual finalidade. A segunda pesquisa consistia em pesquisar os
nomes dos chás mais consumidos pela família, para criarmos uma lista dos chás
em sala de aula. E a última, tinha o objetivo de saber que tipo de chá a
família consome: industrializado, caseiro ou os dois tipos.
Com as informações, tivemos
a possibilidade de preencher tabelas e a partir destas, criamos gráficos de
barras, o que contempla alguns direitos de aprendizagem de Matemática, do eixo “Tratamento
da Informação”.
A “hora do chá” foi uma
explosão de alegria! Mesmo as crianças que nunca tomaram chá estavam empolgadas
para experimentar. Cada um recebeu o seu sache e preparpu sua bebida. Quase todos
gostaram. Thayla ficou interessada e queria saber quanto custava uma caixinha
de chá no mercado. Os alunos, cujas famílias não utilizam chá, disseram que
iriam pedir seus pais que comprassem. A cada dia os alunos chegam cheios de
novidades em casa. Essas atividades que preparam o aluno para a leitura, têm
como objetivos:
Incentivar pela curiosidade
Fornecer informações
Demonstrar o caráter lúdico do trabalho
No Canto de São Francisco (Espaço ambiental), os alunos tiveram a oportunidade de conhecer as mudas de erva doce. Eles ficaram encantados, pois puderam ver de perto a planta. Gustavo nos auxiliou, organizando um canteiro para que as crianças pudessem plantá-las. Agora é só ir aguardando e acompanhando o crescimento. Aproveitamos para conhecer as ervas plantadas no canteiro da farmácia natural. Teremos como objetivo posterior, criar folders sobre algumas ervas medicinais, bem como uma cartilha informativa.
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muda de erva doce |
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observando o canteiro de plantas que são usadas como remérios |
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canteiro |
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plantando |
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nosso canteiro de erva doce |
Pausa para um chazinho?