Agora
você vai conhecer um pouco do projeto que realizei em 2014. Foram muitas
experiências. Infelizmente não tive tempo de relatar enquanto acontecia.
Certamente o texto seria mais rico, mais detalhado. Posso afirmar que foi
muito lindo. Hoje, gosto muito mais de Sylvia Orthof do que antes. Quando adolescente,
xiiiii.... Tem tempo... Assisti a uma palestra da escritora e me encantei.
Nunca mais me esqueci de suas risadas de tão gostosas! Se antes eu nutria uma paixão solitária, depois do projeto, vinte e três corações apaixonados se juntaram a mim!
O projeto Ler é um espetáculo, culminou em
julho de 2014, na exposição: Sylvia Orthof: Que sorte! Quero mostrar um pouco
desse trabalho para vocês, mas preciso contar um pouco como foi. Espero que
gostem!
A escritora que eu escolhi para trabalhar com meus alunos em 2014 foi a querida Sylvia Orthof! Durante a escolha fiquei um pouco apreensiva. Algumas pessoas me perguntaram se eu não tinha gostado da escolha. Eu expliquei que, pelo contrário, tinha gostado muitíssimo! A questão é que eu tinha apenas 4 livros de Sylvia Orthof,,, E, como eu me conheço bem.... Rsrsrs... Sabia que eu não me contentaria apenas com esses. Afinal, como trabalhar com Sylvia Orthof durante um ano inteiro com apenas quatro livrinhos? Bem, depois de um tempo... Com boas compras no sebo, nas livrarias e ganhando alguns de presente... Eis meu acervo!
Minha
primeira investida foi levar para a sala o livro “Ovos Nevados”, da Editora Formato. Resolvi
começar por ele para impactar logo as crianças com o estilo e a irreverência de
Sylvia. O livro conta a história de uma princesa muito gorda que adora comer
ovos nevados! No final, a princesa explode! O livro também faz inferências e
critica a autoridade. De cara, as crianças levaram um susto: uma princesa muito
gorda? Foi ótimo para pensarmos sobre estereótipos. Todos nós somos iguais?
Como eu sou?
As crianças refletiram sobre suas características físicas e depois sobre as características psicológicas. Uma criança desenhou a outra e elas gostaram de falar sobre si mesmas.
As crianças refletiram sobre suas características físicas e depois sobre as características psicológicas. Uma criança desenhou a outra e elas gostaram de falar sobre si mesmas.
Começamos
a imaginar como seria a Sylvia Orthof. Até então eles não sabiam que ela já
havia falecido. Eles fizeram registro através de desenhos. Trabalhamos a
escrita e a leitura de palavras, como: baixa, alta, magra, alegre, divertida,
entre outras.
Perguntei
o que eles desejavam saber sobre a escritora e fizeram várias perguntas, as
quais se transformaram no “índice” do projeto.
Eles estavam tão empolgados que estávamos até com medo de jogar um
“balde de água fria” neles, pois teríamos de dizer que Sylvia já falecera anos
atrás. Lília teve a ideia de enviar a turma uma carta e contá-los um pouco
dessa história. Lília conhecera Sylvia Orthof através de uma amiga em comum: a
proprietária da extinta livraria Bump, aqui em Petrópolis. Ela tivera alguns encontros
com a escritora e lembra com muito carinho desses momentos.
Por conta das perguntas que fizeram sobre a vida pessoal de Sylvia, pensamos em como tratar do assunto e trazer as informações de uma forma legal e menos tradicional. Sylvia era formada em teatro. Então, resolvemos usar um pouco desse recurso. Lília possui uma máscara, cuja cabeleira lembrava Sylvia. Por que não trazê-la até nós? Um dia, tivemos um belo “encontro” com Sylvia Orthof. As crianças perguntaram o que desejavam saber e conheceram outros detalhes da vida da escritora. Lília ficou bastante emocionada durante a atividade. E depois desse encontro, viram fotos e imagens de Sylvia Orthof.
Por conta das perguntas que fizeram sobre a vida pessoal de Sylvia, pensamos em como tratar do assunto e trazer as informações de uma forma legal e menos tradicional. Sylvia era formada em teatro. Então, resolvemos usar um pouco desse recurso. Lília possui uma máscara, cuja cabeleira lembrava Sylvia. Por que não trazê-la até nós? Um dia, tivemos um belo “encontro” com Sylvia Orthof. As crianças perguntaram o que desejavam saber e conheceram outros detalhes da vida da escritora. Lília ficou bastante emocionada durante a atividade. E depois desse encontro, viram fotos e imagens de Sylvia Orthof.
cartão criado por Sylvia Orthof |
Eu lá no cantinho... Escrevendo as informações dadas por "Sylvia" |
Comecei
a ler de forma capitulada o livro “Livro aberto- Confissões de uma inventadeira
de palco e escrita”, Atual Editora. O livro conta muitos momentos da vida de
Sylvia Orthof desde o nascimento. Os alunos adoraram saber que a escola onde estudou
fora palácio de Princesa Isabel. Ela gostava muito de ir ao banheiro para
sentir-se uma verdadeira princesa, pois o banheiro era digno da realeza! E, com
isso, os alunos foram aprendendo muito sobre a vida da escritora e sabiam
contar com muita maestria.
Sylvia
Orthof Gostkorzewicz! De onde veio esse sobrenome? Pais austríacos! Cada um tem
nome e sobrenome e por isso, cada um pesquisou sobre seu nome: Quem escolheu? O
que significa? Qual o sobrenome? Como escrever esse nome? Quem faz parte da
minha família?
O livro "Se as coisas fossem mães", da Editora Nova Fronteira, rendeu muitas atividades...
Sylvia
morou durante muito tempo em Petrópolis. Nós amamos o lugar onde moramos. Em
seu livro Zoiudo- O monstrinho que bebia colírio, da Editora Nova Fronteira,
Sylvia conta um pouco sobre sua vida por aqui, sobre sua casa e sobre a cidade.
Após essas leituras, feitas em capítulos, os alunos pesquisaram o seu
endereço, seus familiares e um pouco mais sobre a história do bairro onde
moram. Cada um produziu sua própria casa para a montagem do painel.
Uma encomenda para nós? O que será? Cada um levantou sua hipótese!
Oba!!!! Mais livros, leitura garantida!
O livro "Se as coisas fossem mães", da Editora Nova Fronteira, rendeu muitas atividades...
Apresentação da música "Se as coisas fossem mães" |
Ao
pensarmos e refletirmos sobre a morte, vimos como o tempo passa e chegamos a
conclusão de que o que importa é a vida bem vivida! Sylvia deixou um grande
legado. Para nós, ficou imortalizada em seus livros e trabalhos. O que relatei
aqui, até agora, foi muito pouco perto de tudo o que vivemos e aprendemos.
Depois de alguns livros lidos, Gabriel
não podia ver a chegada de um novo livro que já dizia: “Lá vem mais uma
história maluquinha!” Não me lembro bem em qual dos livros havia a palavra “bunda”!
As crianças, lógico, morreram de rir. Eu disse: “Olha o que a Sylvia me faz
fazer!” Maria Luiza vai logo dizendo: “Ué, tem que ler o que está escrito
porque você não pode mudar a “leitura!. E professora não pode mentir, certo? É Sylvia Orthof, ué!" Hum... Já conhecem bem o estilo!
Mais fotos da nossa exposição (julho/2014):
Um dia a sala amanheceu com diversos "fios" coloridos! Thierry disse que lembrava a Sylvia Orthof. Acertou! Era a preparação para a leitura de "A gema do ovo da Ema", Editora FTD.
" Existe um lugar onde os fios estão tecidos e embaraçados. São fios coloridos, parecem um arco-íris.
Resolvi dar uma puxadinha num fio verde, cor de sapo. Será que este fio tem histórias verdes? Vou puxar...
Epa, credo! Surgiu um sapão verdão, gozador e pulador. E ele exclamou, abrindo uma boca enorme:
__Hoje não tem história verde, porque é feriado... Quac! Quac! Crec! Crec! Hoje é feriado sapal, e não me leve a mal! Até logo! Tchau!"
A gema do ovo da Ema foi um dos livros que os alunos mais amaram! "Será que o "coronel" virá aqui na sala hoje?
Momentos incríveis e maravilhosos!
Mais fotos da nossa exposição (julho/2014):
As crianças observaram fotos de quando eram bem pequenas e se imaginaram no futuro: bebê, criança, adulto |
Adicionar legenda |
Amarelinha: As crianças brincaram e leram para os pais algumas informações sobre a vida de Sylvia Orthof |
Agradeço muitíssimo a Lília Albuquerque pela grande parceria no primeiro semestre!
No segundo semestre de 2014, começamos a trabalhar mais com os textos dos livros: lendo, reescrevendo e revisando. Esse trabalho culminou na escrita de uma coletânea de histórias reescritas. Foi um sucesso, mas isso já é uma outra história, um outro capítulo!
Até breve,
Ana Antunes
No segundo semestre de 2014, começamos a trabalhar mais com os textos dos livros: lendo, reescrevendo e revisando. Esse trabalho culminou na escrita de uma coletânea de histórias reescritas. Foi um sucesso, mas isso já é uma outra história, um outro capítulo!
Até breve,
Ana Antunes