terça-feira, 7 de janeiro de 2014

É fazendo que se aprende!


Adriana, avó do André e nossa querida colaboradora, nos emprestou um livro sobre Alberto Santos-Dumont: O gênio da ciência de ontem, de hoje e de sempre, de Carmen L. P. Silveira. É uma edição especial em comemoração ao Centenário do voo do 14-bis.  O livro é destinado ao público adulto.


Li algumas partes com a turma reunida. Em outras ocasiões, após ler em casa,  eu levava algumas curiosidades para comentar com o grupo em sala de aula.

No livro há um CD ROM que mostra a casa onde Alberto nasceu, em Minas Gerais. Atualmente essa casa funciona como Museu Santos-Dumont. O vídeo também mostra alguns pontos da cidade onde há vários monumentos em homenagem ao inventor, como uma réplica do 14-bis, por exemplo.



Após o vídeo, as crianças começaram a fazer várias relações a respeito do que estávamos estudando e eu fui surpreendida em várias ocasiões.


Tácio disse que... “Em nossa cidade também há uma réplica do 14-bis.”

Rhayssa citou que nossa escola também foi renomeada, assim como a cidade de Santos-Dumont: “Nossa escola, Santo Antônio, passou a se chamar Escola de Educação Integral Padre Quinha em homenagem ao padre Quinha.” A cidade de Palmira também trocou de nome em homenagem ao inventor.

Tácio disse que... “Aqui em Petrópolis também tem outra casa de Santos-Dumont. As duas viraram museus.”

Maria Júlia disse... “Na praça de Petrópolis tem uma estátua de um homem lendo um livro.”

Lucas Henrique disse... “É D. Pedro II e a casa dele também virou museu.

Perguntei: Por que essas casas viraram museus?

André: “Eles morreram. O museu deixa as coisas deles lá pra gente ver.”

Depois disso, começamos a fazer várias relações entre a Família Imperial e Alberto Santos-Dumont. O inventor foi morar na França onde a Princesa Isabel foi viver após a Proclamação da República. Os dois se conheciam e Isabel adorava presenciar os inventos pessoalmente. Certa vez, lhe enviou uma medalha de ouro de São Benedito.

Fiquei bem impressionada com essas citações das crianças. Elas estavam fazendo relações muito interessantes. Durante o meu trabalho, procuro criar condições para fazer várias relações sobre os assuntos, os temas,  para criar sentido e não ser uma “aula” dada pela professora sobre um assunto determinado. Penso que as crianças passam a fazer essas relações de forma natural, pois é assim que a coisa acontece.

Acreditar na capacidade dos nossos alunos é o primeiro passo para repensarmos nossa prática pedagógica e melhorarmos sempre a nossa atuação. O segundo passo é avaliarmos constantemente o que fazemos. Olhar para a sua prática, refletir sobre ela é a melhor forma de transformá-la em algo sempre melhor.



Um abraço,

Ana Antunes.

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