quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Correio Poético

Olá, pessoas,

Hoje quero compartilhar com vocês um trabalho bem legal que começou na Escola Padre Quinha e que, de tão bacana, levei na bagagem para a outra escola que eu trabalhava no período da tarde: O Correio Poético. Essa foi uma ideia muito legal da Lília Albuquerque, nossa responsável pela Casa de leitura. O correio poético começou em 2012 e em 2013 continuou acontecendo porque as crianças adoravam.

Em sala de aula líamos para os alunos diversas poesias. Depois, através de uma votação, eles escolhiam a poesia que mais gostavam. Em algumas situações, as crianças poderiam escolher a que quisessem para compor sua carta.

As poesias eram escritas e ilustradas com o maior capricho, pois era para um amigo de outra sala, um parente ou colega da sala. Nada como escrever com sentido real! Antes da poesia, cada aluno escrevia uma mensagem para o destinatário contando algo que havia aprendido ou falando da própria poesia. Normalmente o texto era coletivo. Assim, as crianças colaboravam com a ideia do  texto, substituíam palavras, refletiam sobre a forma correta de grafar tais palavras e usavam o dicionário para sanar dúvidas.

A mensagem, recebida pela Maria, era sobre um trabalho que estávamos fazendo com lagartas 
O carteiro da semana levava as cartinhas para a caixa-correio que ficava fixada na porta da sala de aula. Todas as crianças ficavam maravilhadas quando recebiam uma mensagem. Na primeira vez que receberam uma criança perguntou: “Eu posso levar para a minha casa?” Quando eu disse que poderia porque era uma correspondência sua, ela arregalou os olhos, sorriu e guardou imediatamente com um carinho impressionante! Nós, professoras, tínhamos o cuidado, quando a troca era feita entre turmas, para que todas as crianças recebessem.



A escrita das cartas fazia parte de um momento da nossa rotina semanal, mas a atividade tornou-se tão significativa que as crianças passaram a escrever cartinhas em casa para colocarem no correio assim que chegavam à escola. Isso é tudo que queremos: crianças escrevendo por vontade própria com uma função real de comunicação. Os resultados com esse trabalho foram muito positivos.





 Experimente, você vai gostar! Até a próxima!

Ana

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