terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Caça ao tesouro




Outra caixa surpresa quase não foi aberta! A adivinha estava bastante difícil, segundo eles.

O que é, o que é?
É meu, mas meus amigos usam mais do que eu!

Foi um batalhão de respostas, mas enfim, Yago disse: O nome!

Ufa! Salvou os alunos... E a professora!!!! Yago, mais que merecidamente, abriu a caixa. Era um outro “caça ao tesouro”. Eles ficaram muito empolgados. O primeiro caça ao tesouro nos levara a uma cerejeira. E agora?


A brincadeira foi realizada no “Canto de São Francisco”, nosso espaço de Educação Ambiental”. O objetivo era trabalhar com as características de cada "estação", como dizemos, com a leitura das pistas e a escrita das respostas. Além disso, tínhamos que achar um elemento importante da cultura chinesa.

 Para cada pista, uma resposta e um lugar diferente:


Sou a sala de aula sem carteiras?
R= ARQUIBANCADA



As borboletas me adoram. Quem sou eu?
R= BORBOLETÁRIO




Tenho terra fofa, graças às minhocas. Quem sou eu?
R= MINHOCÁRIO




Os “restos” vem pra cá e os transformo em húmus?
R=COMPOSTEIRA




Tem comida fresquinha saindo...
R= HORTA




Tenho um telhado que deixa a casa bem fresquinha.
R= CASA DE TELHADO VERDE




Dou frutas fresquinhas e gostosas.
R= POMAR




Estou na entrada do “Canto”. Vivo nadando e sou originária da China.
R= peixe




As crianças não sabiam que o nome do peixe era carpa. Catharina sugeriu que lêssemos o texto que veio junto ao caça ao tesouro para descobrirmos, pois certamente no texto, haveria de ter no nome do peixe.

Realmente! Era a lenda da carpa que é originária da China.



Em sala de aula, relemos o texto e cada criança desenhou o que mais gostou.



 Ainda em sala, fizemos umas carpas com rolos de papel higiênico, papel de seda e papel crepom para enfeitar o ambiente. Dizem que traz sorte!

Ana Antunes



Dominó

Uma de nossa caixa surpresa da semana (setembro), havia um jogo de dominó e um texto informativo.

Uma criança logo dispara: “Será que esse jogo foi criado na China ou será que eles gostam de jogar dominó?”

Joaquim: “Tem que ler o texto porque deve ser um informativo.”

Descobrimos, através do texto, que o jogo do dominó foi criado por um soldado chinês, antes de Cristo.

Conversamos bastante sobre o jogo. Quem já havia jogado, quem nunca jogou. Quantas peças havia o jogo e sobre as regras. Diante de várias informações diferentes, procuramos na internet, a forma mais conhecida para se jogar. Era um vídeo interativo. Fomos conversando durante o mesmo para tirar as dúvidas de cada um.



Após conhecerem várias informações, estava na hora de jogar. Começamos apenas com um grupo e fomos relembrando os passos vistos no vídeo. Quando todos já estavam bem afiados, distribuímos os jogos para a brincadeira. Todos gostaram bastante de jogar e compreenderam as regras. Depois de várias partidas, recolhemos os jogos e eles tinham como desafio, registrar como se joga o “dominó”. Cada um deveria utilizar suas próprias estratégias. Alguns desenharam a partida, outros as peças e alguns escreveram. 





Finalmente, cada criança recebeu um dominó para recortar e levar para casa, juntamente com o texto informativo que lera em sala de aula para ler e jogar com os familiares.







segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Quem conta uma ópera?

Bem, já que todos os alunos da escola chegaram ao conceito de ópera na mesma semana, como havíamos planejado, era chegado o momento de conhecer a OBRA. Em muitas delas, escolhemos a coleção "Música clássica em cena", da FTD, com tradução de Heloísa Prieto.


Mas afinal, quem vai contar a história? Como eu adoro uma boa história, achava que deveria contar, afinal eu era a professora da turma. Lília achava que deveria ser uma missão para a Casa de leitura e foi aí que começou... A briga!!!! Cada um dava uma opinião diferente ...

No final, o bom senso venceu a questão! E não fica nem com um, nem com outro, mas com todos. Resolveu-se que os funcionários da escola participariam da leitura meio que dramatizada. Foi altamente interessante, pois convidamos diferentes pessoas: a zeladora, o professor de Educação Física, a faxineira, também a professora e a Bruna, além de outros funcionários. Para cada livro, pessoas completamente diferentes. Uma novidade que, penso eu, deveria virar uma rotina.

Finalmente, no grande dia, pra variar uma adivinha. Na caixa surpresa: "Turandot"!

Algumas preparações foram cuidadosamente planejadas:

1) Cada personagem seria apresentado com imagem e nome antes de lermos o livro para que os alunos compreendessem melhor a história,

2) Após as apresentações, apresentaríamos o "leitor" das falas daqueles personagens.
Cada leitor usaria algum "enfeite" para caracterizá-lo melhor

3) Também decidimos que a leitura seria realizada em duas partes para uma melhor assimilação, pois algumas histórias continham muitos personagens e tramas complexas, como em "A flauta mágica", ópera selecionada para a Educação Infantil.

4) Assim como no livro, cada história teria um narrador.



O livro

Conhecendo personagens e seus nomes

A leitura


Nossas expressões já mostram como tudo ocorreu! Os alunos acharam o máximo encontrar pessoas que eles veem na escola cumprindo um papel diferente fazendo uma leitura. As crianças nem piscavam. Demonstravam o tempo todo que estavam amando o que estava acontecendo. Nós, adultos, estávamos encarnando aqueles personagens do livro, da história tão esperada. 

Como tínhamos combinado, a leitura parou num certo momento de suspense da história. A tristeza foi geral, mas motivamos o grupo a aguardar o próximo capítulo. Assim, em sala de aula, poderíamos discutir e eles poderiam lançar suas hipóteses sobre o que viria pela frente! Foi uma experiência muito enriquecedora.



Ana Antunes



Descobrindo o que é ÓPERA!!!!!

Nesta semana (início de setembro), tivemos dois encontros na “Casa de leitura”.  Na primeira mediação, Bruna retomou os conceitos ligados à orquestra. A atividade consistia em emparelhar imagens e palavras (maestro, partitura, orquestra, notas musicais...). As crianças mostraram que tinham aprendido realmente muitas coisas. Mas, antes de iniciarem a atividade, tinham que decifrar a resposta de uma adivinha para abrir uma caixa surpresa, cujo conteúdo era um chapéu chinês.



Na atividade, as crianças sorteavam palavras, que tinham como desafio ler com autonomia, e emparelhavam às figuras correspondentes. Além de ler e emparelhar, tinham que explicar o que entenderam.





Depois, pediu que uma criança explicasse o que era o COMPOSITOR.  As crianças juntas logo foram dizendo que o “compositor compunha as músicas”.  Bruna retomou a música “Nessun Dorma”. Disse que mostraria a eles o compositor Giacomo Puccini. As crianças ouviram atentamente as informações sobre ele. Bruna mostrou a imagem de três de suas obras: Tosca, Madama Buterfly e Turandot. As duas últimas chamaram muita atenção das crianças que ficaram intrigadas. Camily disse que estava achando aquilo estranho porque a mulher da imagem de Madama Buterfly tinha o cabelo e a roupa de uma chinesa e a de Turandot também. Hum.... Após essa aula, as crianças conseguiram conhecer melhor o trabalho de um compositor e também começaram a desvendar o mistério!



As crianças estavam bem desconfiadas e já está chegando a hora de ajudá-los a descobrir o que desejam!


Na segunda mediação, Bruna explica que colocará novamente a música “Nessun Dorma” de.... “Puccini”, gritam as crianças!

Entretanto, ela explica que colocará em duas situações diferentes e eles terão de observar as semelhanças e diferenças.

Bruna mostra um cartaz. As crianças lêem rapidamente... “O que é ópera?” “O que tem na ópera?”

Bruna: “Vocês já falaram muitas coisas que tem na ópera.”

Joaquim: “Tem orquestra!”

Camily: “O que o Puccini tem haver com a China?”

Joaquim: “Deve ser uma obra dele.”

Camily: “Será que lá na China eles gostam de ópera?”

Bruna coloca novamente a orquestra tocando “Nessun Dorma” e depois o trecho da ópera “Turandot”, em que aparece a música “Nessun dorma”. Quando termina, Bruna colhe as impressões das crianças:

Thifany: Eu vi que são dois homens diferentes cantando. Em cada vídeo é um.

Rafaela: “Não vi o maestro no segundo vídeo.”

Júlia: No segundo vídeo ele fica parado. No primeiro o homem fica parado até o show acabar e no segundo ele fica andando.

Camily: “Os instrumentos estavam escondidinhos em outro lugar. Não estavam aparecendo.” No primeiro, a orquestra estava junto do cantor.”

Thayla: “Eles não estavam no mesmo lugar.”

Maria Isabel: “A música era a mesma.”

Ana Beatriz: “Eu ouvi os instrumentos, mas não vi”

Joaquim: “Os cenários são diferentes. No segundo é um teatro.”

Julia: “Esse vídeo está ‘de noite’ no outro não.”

Anna Lívia: “Não era a mesma tela. O lugar era diferente.”

Camily: “No segundo a luz estava apagada.”

Joaquim: “Nos dois tinha uma orquestra.”

Camily: “O homem estava com uma roupa diferente.”

Joaquim: “Ópera é misturado com orquestra”

Joaquim: “Opa, volta lá e mostra o cartaz do Puccini que eu acho que eu já sei de qual se trata.”

Bruna retoma as falas e mostra uma caixa com diferentes palavras. Vamos ver o que tem em uma ópera?

Bruna: “Alguém disse a palavra TEATRO. Vamos ver se aqui tem a palavra teatro?

E assim foram recapitulando as falas e buscando as palavras na caixa. Até que descobrem tudo o que há numa ópera: teatro, dança, orquestra, emoção, música... Depois, Bruna mostra algumas tiras com palavras para que organizassem o sentido e enfim conseguissem formar o conceito de ópera.

“Ópera é um drama(teatro), acompanhado por uma orquestra em que os diálogos são cantados.”

E, enfim, todos ficam satisfeitos e Joaquim volta ao cartaz de Puccini e diz logo: "É uma dessas que nós vamos conhecer porque tem a ver com a China!"



Alunos fazendo a relação entre os vídeos assistidos





 Ufa!!!! Até que enfim!!! Posso afirmar que nessa altura do trabalho as crianças estavam completamente integradas ao trabalho que começou em agosto. Os próximos passos serão os seguintes: conhecer a obra e depois dramatizá-la.









terça-feira, 3 de novembro de 2015

A “Operação Bu”



A escola toda está usando a mesma metodologia de trabalho para chegarmos ao trabalho com a Ópera. Tenho conversado com as regentes e é muito interessante e especial o entusiasmo de todas elas e das crianças. Sempre alguém vem feliz e entusiasmado com algum comentário ou com a descoberta de um aluno.

Geruza, a professora do 5° ano, relatou que seus alunos resolveram descobrir tal mistério que ronda a escola.

Eles resolveram criar a  “Operação Bu”, que consiste em escrever tudo o que estão vivenciando em sala de aula com a regente e com outros professores, como Inglês, Artes e Casa de leitura, para tentar estabelecer relações e chegar a uma lógica entre França e um tal de “Fantasma” que leram no pendrive da professora.

Muito interessante perceber como os alunos estão utilizando a escrita como forma de organização do pensamento. Adorei!!!!!!