Um momento muito
interessante do nosso dia é a “hora da adivinha”. Como já expliquei em outros momentos,
a adivinha abre a porta da sala, a caixa surpresa ou permite que tenhamos uma
atividade especial. Noutro dia, a
resposta certa permitiu uma “sessão de cinema”, para assistirem a Kung Fu
Panda.
Percebo que os pais também
estão envolvidos e gostam de ver as crianças lendo a adivinha na porta da sala
e acertando as respostas. É uma interação muito interessante.
Além disso, os alunos
sentem-se motivados em escrever as adivinhas em um caderno, cujo objetivo é a
criação de uma coletânea. Observo que a atividade tem sido muito importante
para a reflexão da ortografia. A regra acaba aparecendo de forma natural. E, em
outras situações de escrita, surgem dificuldades já vistas e assim, podemos
fazer relações, porque durante os momentos da escrita da coletânea, as crianças
ficam muito atentas.
No início da semana,
retomamos as informações sobre os pandas (começamos a ler sobre eles na semana anterior), de acordo com o texto informativo que
lemos sobre a WWF. Eles lembraram de muitas coisas e ficaram impressionados com
o fato desse animal estar em risco de extinção. Depois dessa retomada, lemos
outro texto informativo, falando sobre os pandas especificamente: seu habitat,
sua alimentação, reprodução e hábitos. Através das informações existentes neste texto, os alunos conseguiram completar
uma ficha para colocar na barriga do animal que construíram com isopor.
Retomamos as informações
sobre a utilização de chás nas famílias, obtidas através das pesquisas enviadas
para casa. Através dessas informações, elaboramos uma lista de plantas
medicinais, tabelas e gráficos.
Durante a semana, os alunos
pesquisaram nomes de jogos, pois tínhamos hipóteses de que “ópera” fosse o nome
de um jogo. As crianças falaram o nome de muitos. Rafane e Maria Isabel já não
acreditam mais nisso. Aliás, a turma inteira já acredita que ópera é música
clássica. Todos pedem para falar sobre sua hipótese anterior e explicam como
chegaram a novas conclusões. Esse movimento tem ocorrido na escola toda e já
estamos planejando novos passos.
As hipóteses dos alunos
foram colocadas também em sala de aula e isso permite que os alunos possam
consultá-la e também facilita nosso diálogo. Ao conversarmos ou fazermos alguma
atividade que descarte o pensamento de alguma criança, fazemos um X para marcar
o que já foi refletido por todos.
A leitura da semana foi
realizada em partes. O livro utilizado foi “A gatinha siamesa chinesa”, de Amy
Tan, ilustrado por Gretchen Schields, da Editora Rocco. Os alunos mostraram-se muito interessados com
a história de “Ságoa da China”. No final, compreenderam uma grande lição de
vida.
No
final da semana, tivemos uma caixa surpresa. Maria Luiza acertou a adivinha:
Duas janelas que se abrem e se fecham sozinhas?
Dentro da caixa, 7 peças
geométricas. Maria Isabel disse que devia ser um jogo. Confirmei e disse que se
tratava de um quebra-cabeças. Camily disse que deveria ser algum quebra-cabeças
da China. Exploramos um pouco as figuras geométricas.
Dentro da caixa também havia um informativo.
Eles ficaram intrigados e foram dizendo que o texto deveria falar sobre o jogo
e que deveríamos ler. Eram informações sobre o Tangram. No informativo também
havia imagens de algumas coisas que poderíamos fazer com o Tangram. Entreguei
peças para as duplas e fizemos um gato. No final do dia, receberam um Tangram e
o mesmo informativo para lerem em casa com os pais. Voltaram contentes para
casa!
Será que ópera é um tipo de
pizza?
Para responder a essa
pergunta, levei para a sala de aula três folders de diferentes pizzarias. Aqueles
de entrega e que explicam os ingredientes de cada pizza.
Lemos os nomes das pizzas de cada uma delas e
percebemos que havia nomes comuns e nomes diferentes. Por exemplo: CALABRESA
continha em todas, mas CATUMARÃO somente em uma delas.
Os alunos conseguiram
compreender que há pizzas que são tradicionais e que outras são inventadas
pelas próprias pizzarias, como À MODA DA CASA.
Observamos que, nas três
estudadas, não havia nenhuma pizza chamada ópera, mas que isso não significa
que não poderia ser criada. Assim, combinamos que, ao descobrirmos o que é
ópera, criaremos uma pizza com esse nome e a faremos em sala de aula. Todos
ficaram eufóricos!
A mesma coisa aconteceu com
Vitor, que disse que ópera deveria ser o nome de um cavalo. Ele pesquisou com seu
pai que trabalha com cavalos e verificou que não conhecia nenhum cavalo com
esse nome. Outro tratador de cavalos disse conhecer uma égua chamada “La
Ópera”. Vimos que era a mesma situação da pizza, mas Vitor compreendeu que não
era a ópera que estamos procurando.
Até a próxima!