domingo, 30 de março de 2014

Preparando o terreno


Na roda nós conversamos e cada criança pensou em uma brincadeira que poderíamos fazer com as garrafas que trouxeram. Os resultados foram os seguintes:

Boliche
Vai-vem
Jogo de pergunta
Argola
Corrida com obstáculo
Quem pega mais ganha

Minha intenção sempre foi fazer um jogo de boliche, mas optei em esperar as respostas das crianças. Foi ótimo, pois dessa forma podemos confeccionar outros jogos com garrafas que não passaram pela minha cabeça e trabalhar com os textos de instrução. A maioria das crianças escolheu o jogo de boliche como o mais legal para fazermos. Apesar de ser o mesmo que pensei, agora temos outras possibilidades, trazidas por eles.


Em outro dia,  mostrei um texto que ia ensinar uma brincadeira: Vivo ou morto. Li o texto e perguntei se conheciam? Todos disseram que sim. Fomos para a entrada da igreja e brincamos uma vez. Maria Cecília foi a vencedora. Todos quiseram brincar novamente. Emanuel ganhou a segunda partida. Larissa pediu que brincássemos mais. Todos se divertiram muito e em sala conversamos se a brincadeira aconteceu conforme as ordens do texto lido.  Propus que todos registrassem a atividade por meio do desenho.

 



Em sala...

Ana: Que tipo de texto é esse que nós lemos e depois brincamos?
Todos ficaram em silêncio, pensando, mas não tinham uma resposta.

Ana? É uma carta?

Todos: Não!

Ana: É um bilhete?

Todos: Não!

Ana: É um convite?

Todos: Não!

Francisco: É um texto de fazer brincadeira.

Ana: Todos concordam?

Todos: Sim!!!

Melissa: Ele mostra como que tem que fazer a brincadeira.

Mesmo sem saber o nome do gênero, Francisco e Melissa ajudaram o grupo a compreender a função do texto instrucional. Não tenho pressa e não disse o nome do gênero. Teremos novas oportunidades para isso. O conceito é o que fica!

Como vamos "fabricar" o Boliche, uma das coisas que teremos que fazer são as regras, portanto, esta foi uma atividade muito importante, pois está preparando o terreno, para irem entrando em contato com os textos instrucionais de forma a dar modelo para a construção das regras do jogo.

Ouvir as crianças, permitir que participem, aceitar suas opiniões é transformar sua sala de aula num canteiro fértil e produtivo. Dá uma nova dimensão ao seu trabalho, além de mostrar que a sala pode ser democrática de verdade.

Em breve novas informações sobre o boliche! 
Um abraço,
Ana Antunes


sábado, 22 de março de 2014

Escrever pra não esquecer!



Com a intenção de criar um jogo de boliche com minha turma do primeiro ano, pedi, oralmente, que trouxessem garrafas para uma atividade. Achei muito estranho, pois ninguém perguntou o motivo do pedido.  Resolvi não intervir e ver no que isso ia dar.  

No dia seguinte, como eu havia previsto as crianças esqueceram as garrafas. Somente 3 crianças trouxeram. Que bom, pois encontramos um motivo para escrever um bilhete para as mães.

Ana: Quem trouxe as garrafas pet?
Somente Gabriel Ferreira, Emanuel e Larissa.

Ana: O que aconteceu?

Kethlen: A gente esqueceu!

Ana: Levante o braço quem esqueceu? Vamos contar? 1, 2,3.... 16! Quanta gente! Mas nós vamos precisar dessas garrafas. Como é que nós vamos fazer para vocês não esquecerem? Tem algum jeito?

Willian: Eu sei! É só escrever na caderneta.

Ana: É uma boa ideia! O que vamos escrever?

Heloísa: “Bota” na caderneta falando que tem que trazer uma garrafa pet. Tem que “botar” o nome da mãe!

Larissa: Tem que colocar o nome da garrafa.

Emanuel: Tem que colocar que é vazia.

Leo: Se não colocar que é vazia vai pensar que é uma festa.

Ana: Pois é, vocês têm razão. Vamos ter que explicar tudo direitinho para que a mãe entenda o que nós precisamos. Tá vendo, quando a gente escreve precisa explicar bem o que quer dizer para que a pessoa não entenda outra coisa. Não é somente com o desenho que isso pode acontecer, na escrita também.

Ana: Larissa, você disse que temos que colocar o nome da garrafa. O que quis dizer?

Larissa fez o tamanho com os braços e disse: Ela tem que saber se pode ser pequena ou grandona!

Emanuel: É menor para o maior?

Leonardo: Não! É o tamanho da garrafa! 

Ana: E como chama isso que nós vamos escreve para as mães?

Gabriel: Bilhete!!!

Heloisa: Carta é grande, bilhete é pequeno!

Emanuel: Não! Carta es-cre-ve muito e bilhete es-cre-ve pouco!

Ana: E quem sabe como vamos escrever o bilhete para a mãe?

Leonardo: Era uma vez...

Todos: Não!!!!

Heloísa: Era uma vez é da história!

Heloisa: Coloca a data de hoje.

Ana: Para que serve a data no bilhete?

Gabriel: Pra mãe saber que o bilhete é daquele dia.

Ana: E agora?

Gabriel: Mamãe ou o nome dela.  Estou mandando um bilhete.

Ana: Precisa escrever “Estou mandando um bilhete...”?

Willian: Não, ela já sabe. A caderneta leva os bilhetes.

Emanuel: O importante é o de baixo.

Ana: Como assim?

Emanuel: O  que vai escrever depois.

Ana: E o que vem depois?

Melissa: Por favor, preciso de uma garrafa pet.

Ryan completa: ... para uma atividade.

Emanuel: Obrigado.

Heloisa: Assinado, professora Ana

Pedro: É melhor cada um escrever o seu nome.

Ana: Eu concordo porque cada um vai escrever o seu. Vou ler o bilhete:

12/03/14
Mamãe,
Por favor, preciso de uma garrafa pet para uma atividade.

Pedro interrompe: A mãe vai achar que é de festa.

Emanuel: Tem que escrever vazia.

Ana: Onde fica a palavra vazia?

Leonardo: Depois de atividade.

Ana: Ok! Vou escrever e vou ler. Mamãe, Por favor, preciso de uma garrafa pet para uma atividade vazia.

Leo: Ih, não. Tem que ser perto da garrafa pet. Precisamos de uma garrafa pet vazia para uma atividade.

Ana: Mas lembra que a Larissa falou uma coisa importante. Do jeito que está a mãe ainda pode ter uma dúvida.

Willian: Escreve que é maior.

Emanuel: Grande e vazia.

Maria Luiza: É de 2 litros.

Pegamos uma das garrafas e todos viram que a garrafa grande que tínhamos na sala contém 2 litros.   

Maria Luiza: E coloca obrigada.

Ana: Isso mesmo! As meninas vão escrever obrigada e os meninos?

Todos: Obrigado.

Heloisa: Cada um vai ter que colocar o seu nome embaixo de tudo.

Ana: Vamos ler o bilhete? Como refletimos o tempo todo sobre o texto, todos já sabiam o bilhete de cor. Assim, fizemos a leitura:

12/03/14
Mamãe,
Por favor, preciso de uma garrafa pet vazia, de 2 litros, para uma atividade.
Obrigado,

Ana: Cada um deve anotar o bilhete com letra bem bonita. Sabem por quê?

Melissa: Pra mãe entender e pra ela gostar, né?

Cada criança trabalhou com muito empenho. Quando se tem uma motivação para escrever tudo fica mais fácil.

Os bilhetes foram colados nas cadernetas e todos ficaram muito satisfeitos com o trabalho. Eu mais ainda! Entretanto, continuaram sem saber qual seria o uso da garrafa!

Acredite, essa história vai render... muitas aprendizagens!



No dia seguinte, todas as crianças trouxeram garrafas! Foi ótimo! Na roda, falei sobre a importância do registro escrito. Mas aproveitei para “cutucar” o grupo.

Ana: Mas, afinal, pra quê servirá essa garrafa? Todos olharam espantados para mim!

Emanuel: Para uma atividade!

Ana: Qual?

Heloisa: Você não disse!

Ana: Ué, vocês não me perguntaram! E cadê a curiosidade? Tem que perguntar quando não se sabe. As mães perguntaram?
Segundo as crianças, algumas mães perguntaram, mas não sabiam responder.

Emanuel: O que vamos fazer com a garrafa?

Ana: Agora é suspense!

Todos: Ahhhh!!

Continua.... 

domingo, 9 de março de 2014

Escrever com sentido

Ler e escrever? O leão nunca precisou disso, afinal, rugir sempre foi suficiente para ter o que queria! Até que se apaixona por uma leoa leitora.  De fino trato, precisava receber cartas de amor, afinal, “Uma leoa que lê é uma dama”, conclui o felino.  E quando não se sabe escrever, um escriba se torna fundamental... O problema é achar um que consiga captar toda a sensibilidade que o leão exala...

Ao longo da história ele pede que alguns animais escrevam a carta para ele, mas cada bicho escreve de acordo com seus interesses e gostos:
“Querida amiga, quer subir nas árvores comigo? Também tenho bananas para lhe oferecer. São deliciosas! Saudações, Leão.”

O leão fica indignado com todas as cartas escritas pelos animais. “Eu jamais  escreveria uma coisa dessas!”  O leão desanda a falar o que realmente escreveria e a leoa ouve... A história termina com a leoa ensinando o leão a ler e escrever.


A HISTÓRIA DO LEÃO QUE NÃO SABIA ESCREVER


Livro escrito e ilustrado por Martin Bailtscheit, editado pela Martins Fontes. Foi um grande sucesso em minha turma do primeiro ano. Assim como o leão, todas as crianças estão encontrando desafios para ler e escrever. E ter desafios é importante para motivar qualquer aprendiz, principalmente quando o desafio é real, como escrever para os amigos da escola, para os familiares, para outras pessoas.  Essa é uma temática que será explorada em 2014: ter motivos reais para escrever. Depois da leitura do livro, conversamos sobre o assunto na roda. Foi uma conversa tão gostosa que resolvi compartilhar com vocês.

Ana: Pra quê escrevemos?

Pedro: Pra escrever carta, poesia e outras coisas...

Francisco: Dá pra gente escrever um livro e dar pra outra pessoa ler.

Emanuel: Uma lista.

Gabriel: Nós podemos escrever no livro na escola. Se não escrever vai ter que desenhar e a pessoa não vai entender, tem que ter coisa escrita.

Gabriel quis dizer que a escrita é importante, pois alguém que não saiba fazê-lo, poderia utilizar o artifício do desenho, porém não é um instrumento preciso, podendo haver dificuldades na interpretação.

Ana: É verdade! Vamos imaginar que eu queira pedir para a minha empregada cozinhar cenoura para o jantar.  Como eu faço?

Pedro: pode escrever uma carta e coloca no correio.

Ana: Ué, mas vai chegar no mesmo dia? Pra onde vai a carta?

Maria: Pra casa dela!

Ana: Mas ela não trabalha na minha casa?

Francisco: Deixa no móvel que ela vai achar e vai fazer.

Ana: O que eu preciso dizer?

Francisco: Por favor, faça cenoura pro jantar.

Melissa completa: Obrigada, Ana

Ana: E como é que chama essa escrita?

Pedro: É carta.

Ana:Todos concordam?

Todos: Sim!!!!

E se eu não soubesse escrever? Eu poderia desenhar assim...

Fiz o desenho de uma cenoura beeeem mal feita, bem fina, com fiapos na ponta. Logo Gabriel disse... Ela vai achar que é uma vassoura! Que é pra varrer a casa! Se tiver escrito vai ser melhor para ela entender.

Ana: Estão vendo como saber escrever é muito importante pra comunicar?

Emanuel: Pra fazer lista, pra ler o que escreveu.

Pedro: Pra escrever carta, poesia...

Maria: Convite.

Já tinha desistido da história da carta para a empregada e ia pensar em outra ideia, mas Leonardo me deu a deixa perfeita!

Leonardo: Pode escrever bilhete.

Ana: Pra que serve o bilhete?

Gabriel: Pra avisar alguma coisa pra mãe. Por exemplo: O Leo fez bagunça na escola...Tem que mandar um bilhete avisando para a mãe dele!

Ana: Como seria o bilhete?

Gabriel: Mãe, o Leonardo fez bagunça na escola, Assinado, Professora.

Ana: Isso é carta ou bilhete?

Emanuel: É bilhete porque fala menos, carta fala mais!

Ana: Como assim?

Emanuel: Olha, bilhete é coisa pequena, fala pouca coisa e carta escreve muita coisa.

Ana: Ah, então o bilhete escreve uma mensagem curta, tem poucas palavras e a carta escreve muito?

Emanuel: Isso mesmo!

Ana: E se eu quiser dizer: Valéria, Por favor, cozinhe cenouras para o jantar. Obrigada. É muito ou pouco?

Todos: Pouco.

Ana: Então é carta ou bilhete?

Emanuel: É bilhete.

Ana: Mas vocês me disseram no início que era pra eu escrever uma carta e colocar no correio, lembram?

Emanuel: Não! Tem que escrever um bilhete! A carta escreve muito.


Francisco: E só coloca no correio quando a pessoa mora longe!

Outras atividades:


      
Desenho e letras embaralhadas
Letras móveis- escrita dos nomes dos animais

      


Avisei que íamos separar os animais que apareciam nas histórias Superamigos e Leão. Mas que teriam que adivinhar o nome do animal primeiro. Então, ia mostrando a primeira letra, ou a última e eles falavam de acordo com suas estratégias. Para os animais formiga, toupeira, pato, sapo, abutre, hipopótamo, macaco e girafa optei em mostrar a última letra para ser mais desafiador e ter que mostrar outras letras, pois a letra inicial desses animais não eram repetidas. Para caracol, castor, crocodilo, esquilo, escaravelho, leão e leoa, mostrei a primeira. Foi muito interessante quando mostrei a letra L. Todos começaram a gritar: Leão! Leão! Leão! Mostrei a segunda letra E. Não disse!!! Leão! É o leão! Antes de abrir a terceira letra, perguntei: Qual será a próxima letra? A com o til!! Mostrei e era a letra O. Todos ficaram desconcertados, mas Kethlen logo disse: Ah, é a leoa!



         
faltando letras
desafios

Poesia do escaravelho
      

    

quarta-feira, 5 de março de 2014

Superamigos Parte 4

Como citei no post anterior, enquanto falávamos sobre as festas de aniversários, Leonardo diz que gostaria de saber mesmo  o que é que o caracol come.  Achei muito interessante, pois no livro, os animais comem o bolo, mas Leonardo sabia que fora do mundo da fantasia, e isso é muito legal de se discutir com eles, os animais não comem bolo. Nesse momento, eu disse que seria uma ótima coisa para pesquisarmos e se quisessem perguntar para os pais em casa também valia!





No dia seguinte, Maria Luiza, nos trouxe vários caracóis, que segundo ela, eram da horta de seu pai. Todos ficaram muito curiosos em observar os movimentos, nem tão lentos, dos caracóis. Ela fez questão de mostrá-los aos colegas. Eles nos acompanharam durante o dia. De vez em quando alguém ia pra caixa ver  como estavam os bichinhos.



Quando perguntei sobre a pesquisa, todos disseram ter esquecido. Falei então, que é por isso que anotamos as coisas, para não esquecermos. Como eu não esqueci, levei para  todos um texto adaptado do site Wikipédia. Eis o link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Caracol




Através desse texto informativo, começamos a entender  e conhecer um pouco mais sobre os caracóis. À medida que conheciam, os desenhos iam ficando cada vez melhores e mais detalhados.  Como sabíamos várias características sobre ele, propus ao grupo que escrevêssemos uma carta aos amigos da Educação Infantil para contarmos as novidades.  Na roda, discutimos o que seria importante conter na carta. Fui anotando tudo o que era dito. Ao término, li como havia ficado. Para eles estava bom, mas levantei a questão de que os assuntos estavam misturados. Alguns concordaram. Propus que separássemos os assuntos: como eles são, o que comem e onde vivem. Todos aceitaram e tivemos que classificar as frases escritas. Depois do texto pronto, foi digitado e ilustrado pelas crianças.





O que os caracóis comem?

Os alunos receberam uma tabela com diversas palavras escritas. Eram os alimentos que os caracóis comiam e deveriam desenhar. As crianças ainda não leem convencionalmente, mas pensam sobre o que é possível estar escrito. Dessa forma, fui perguntando: Quem pode me dizer uma coisa que o caracol come? Eles disseram, por exemplo, maçã.  Isso! Aí na tabela tem a palavra maçã. Com que letra começa maçã? E assim, todos tinham elementos para “descobrir” onde a palavra estava escrita. Neste caso, encontraram três palavras que começavam com a letra M. Então, precisam buscar um novo elemento para descobrir. A letra final, melancia tem L, melancia “fala muito” (palavra grande),  maçã tem til. Minhoca tem I. E assim vai! Tem sempre uma criança que levanta uma solução.



Cartas prontas! Pra quem enviar?


 

Como estou trabalhando com os nomes próprios,  mostrei uma listagem digitada dos alunos da Educação Infantil.  Cada criança foi escolhendo o amigo mais chegado. Depois da escolha, precisava ir até a listagem para reconhecer o nome do amigo. Depois de achado, nós circulávamos para sabermos que aquela criança já havia sido escolhida. Dessa forma, todas as crianças seriam contempladas com uma cartinha.  


Quando se trabalha com nomes próprios, não significa que devem ser somente os nomes da própria turma. Nomes dos colegas de outros grupos , das mães, dos pais, dos funcionários da escola. Dessa forma o desafio aumenta, pois chega uma hora em que os nomes dos colegas de classe já são tão conhecidos que podem ser escritos até de memória. É nesse momento que novos desafios precisam ser propostos, como por exemplo, quais objetos da sala começam com o MA de Maria?

Segundo Carla, professora da Educação Infantil, as crianças gostaram da carta. Ela propôs uma resposta ao grupo do primeiro ano. Eles nos enviaram a poesia Borboletas, de Vinícius de Moraes. Penso que a parceria entre os profissionais da escola é o ponto central para que as propostas de trabalho aconteçam. Agradeço a professora Carla pela nossa parceria.


Também exploramos outras duas poesias: Caracóis, de Denise Rochael e Longe de casa, de Sérgio Capparelli.






Através dessas duas poesia, refletimos sobre as palavras CARACOL E CARAMUJO. Nas duas há uma mesma palavra escondida: CARA. Como se escreve CARA? O que sobra em cada palavra?



















Na roda, discutimos como seria interessante se cada um pudesse levar sua casa nas costas. Vimos os pontos positivos e negativos. Emanuel disse que seria bom poder pegar o que quisesse na hora que desejasse, pois com a casa nas costas, tudo estaria ao alcance das mãos. Larissa disse que não seria nada bom, pois uma casa é muito pesada e ficaríamos muito cansados em ter que carregar muito peso. Cada um contou um pouco sobre a sua casa, onde morava. Foi uma boa conversa.

Com papéis coloridos, todas as crianças fizeram suas próprias casas e contaram para os colegas quantas pessoas moravam na casa, se tinham animal de estimação...  


O livro Superamigos nos proporcionou muitas atividades e explorações. Entretanto, tão importante foi a empolgação das crianças com a história, com o livro.  Todos os dias eles pediam que eu a lesse e faziam comentários. Um bom livro nas mão de um professor certamente é um elemento facilitador para desenvolver e estimular o gosto pela leitura, além de ser um disparador da aprendizagem, o que vale muito a pena, afinal, aprender com prazer é muito melhor.

Ana Antunes