Partindo da ideia de que os alunos do primeiro ano estão no período das
operações concretas, é fundamental pensarmos em atividades por meio das quais as crianças
possam colocar a “mão na massa” para realmente aprenderem com sentido.
Tivemos uma proposta matemática
bem interessante. Cada criança recebeu um saquinho com 12 ovos. (confeitos de
amendoim). Só isso já deixou o grupo muito motivado!
A proposta de trabalho consistia em várias etapas:
1)Contar quantos ovos receberam. Isso foi difícil para alguns, pois tinham
que contar com os ovos dentro do saco. A
contagem, para dar certo, tinha que ser feita na correspondência: para cada
ovo, um número. Parece fácil, mas alguns tinham dificuldades, pois contavam um
mesmo elemento duas vezes. Demos continuidade quando todos perceberam que
haviam recebido a mesma quantidade de ovos. (12)
2) Observar as cores e perceber que havia quantidade de cores diferentes
para cada criança.
3) Pintar 12 ovos, numa folha, de acordo com as cores recebidas. Isso
também gerava uma situação-problema, pois tinham que pensar quais cores já haviam sido pintados e quais cores ainda era necessário pintar. Além disso, conferir o resultado.
4) Numerar todos os ovos. Novo desafio, pois muitas crianças ainda grafam
os numerais de forma espelhada. Tinham que observar na reta numérica colada na
mesa para esse fim.
5) Recortar e colar os ovos em ordem crescente.
Quando todos terminaram fomos para a roda a fim de pensarmos na atividade
que realizamos. Fomos, passo a passo, refletindo sobre as dificuldades e
competências necessárias ao trabalho.
Pensamos em vários tipos de ovos. Mostrei uma caixa de ovos de galinha. Discutimos sobre onde se vende ovos. Contamos
quantos ovos cabiam na caixa. Viram que era igual à quantidade recebida de ovos
de amendoim. Perguntei aos alunos qual o nome dávamos para aquela quantidade.
Ninguém sabia. Propus então que perguntassem em casa e também propus uma
pesquisa: Qual a embalagem de ovos que a
mãe utiliza em casa?
Na semana seguinte muitas crianças já vieram correndo, dizendo que já sabiam que aquela quantidade era chamada de dúzia. Quem tinha a
embalagem usada em casa levou para a escola e aproveitamos para contar a
quantidade de ovos possíveis para cada embalagem. Nova questão surgiu: Por que
todos não usam sempre a mesma embalagem?
A partir das hipóteses levantadas e das discussões feitas
na roda chegamos a duas conclusões:
1) As famílias possuem número diferente de pessoas. Isso
implica diretamente na quantidade de coisas que compramos.
2) Umas famílias cozinham mais do que outras, e isso
também faz diferença ao comprarmos os alimentos.
A conversa foi boa. Muita gente falando como a mãe
utiliza os ovos: para fazer bolos, ovo frito, ovo cozido, ovo mexido... Quem
gosta e quem não gosta de ovos. Como devem ser conservados. Quem tem galinha em
casa. Até de ovo podre se falou! E quanto custa os ovos? Nova pesquisa à vista!
Certamente quem procura... Matemática acha! E se a
achamos em tantos lugares e de tantas formas variadas, fica a questão: Por que
aprender Matemática na escola é tão difícil?
Linda tua aula... parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Bruxinha!
ExcluirUm abraço,
Ana
MUITO LEGAL!!!! MATEMÁTICA É FÁCIL E ESTÁ PRESENTE NO COTIDIANO DOS NOSSOS ALUNOS, BASTA CONTEXTUALIZARMOS NOSSAS AULAS!!! PARABÉNS, ANA!!!
ResponderExcluirOi, Tati!
ResponderExcluirVocê tem toda razão! A contextualização é fundamental e trabalhar com elementos concretos também, pois vai ao encontro da necessidade deles, do período que se encontram!
Te espero mais vezes por aqui!
Beijos,
Ana